Três Lagoas avança na implantação de serviço de radioterapia com autorização da CNEN

A saúde pública de Três Lagoas deu um passo decisivo para a implantação do tão aguardado serviço de radioterapia na cidade. A Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) autorizou a construção e adequação do bunker que vai abrigar o acelerador linear do futuro Centro de Radioterapia do Hospital Nossa Senhora Auxiliadora.

A liberação é um marco para o projeto, pois permite o início das obras do espaço técnico. O bunker é uma estrutura especial, projetada com blindagens de concreto e chumbo para conter a radiação, garantindo segurança total a pacientes, profissionais de saúde e ao meio ambiente.

O investimento total previsto para a obra do bunker e aquisição do equipamento é de R$ 8 milhões. Desse montante, R$ 6 milhões foram viabilizados por meio de emendas do deputado federal Geraldo Resende (PSDB/MS), e os outros R$ 2 milhões são uma contrapartida do Governo do Estado. Os recursos federais já foram transferidos pelo Fundo Nacional de Saúde em fevereiro de 2024.

Com a autorização da CNEN em mãos, o próximo passo é a análise e aprovação do projeto pela Vigilância Sanitária, uma das etapas obrigatórias antes do início efetivo da construção.

Para o deputado Geraldo Resende, a conquista representa um avanço histórico. “Essa autorização comprova que o trabalho foi conduzido com responsabilidade e dentro de todos os padrões técnicos e de segurança. Estamos mais próximos de concretizar um sonho antigo da região: ter um serviço de radioterapia moderno e eficiente, evitando que os pacientes precisem se deslocar centenas de quilômetros para realizar o tratamento”, afirmou.

O futuro Centro de Radioterapia está cadastrado no Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (Pronon) e integra o plano de implantação do Serviço de Alta Complexidade em Oncologia (Cacon). A iniciativa tem o potencial de transformar o Hospital Auxiliadora em um polo de referência no tratamento do câncer para toda a região.

O acelerador linear, equipamento essencial para os tratamentos, tem um valor estimado entre R$ 10 e R$ 12 milhões. A previsão é que sua aquisição seja feita com recursos federais, também por meio do Pronon ou de um convênio com o Ministério da Saúde. A implantação do serviço promete reduzir significativamente o desgaste e os custos de deslocamento para pacientes oncológicos do interior do estado.

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