Vereadores se preparam para o ano legislativo de 2024 em meio a mudanças partidárias

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Na iminência da retomada dos trabalhos legislativos em Três Lagoas, os bastidores políticos fervem com a dança das cadeiras na Câmara Municipal. O cenário político, marcado pela aproximação das eleições deste ano, desencadeou uma movimentação intensa entre os vereadores, com pelo menos nove deles planejando trocar de partido.

A principal motivação por trás dessas mudanças é a iminência das eleições e as novas regras que regem o pleito. Com limites para candidaturas, exigências quanto ao número de mulheres e um coeficiente eleitoral em ascensão em Três Lagoas, os vereadores temem que permanecer em seus partidos atuais possa prejudicar suas chances de reeleição.

Uma das mudanças significativas para este ano é a redução no número de vereadores a serem eleitos, passando de 17 para 15. Tal alteração foi aprovada no ano anterior pelos próprios parlamentares, que também diminuíram o percentual de repasse do duodécimo à Câmara, alegando a necessidade de economia para cobrir despesas como a taxa de lixo, evitando assim novos encargos para os residentes.

Essa redução no número de cadeiras tem implicações diretas no quociente eleitoral, que determina quais candidatos são eleitos. Em resumo, o total de votos válidos é dividido pelo número de vagas em disputa, e a partir dessa divisão são definidos os eleitos. Em Três Lagoas, para as eleições de 2024, serão necessários aproximadamente 3,8 mil votos para eleger um candidato, um aumento considerável em relação aos 3.114 votos exigidos em 2020.

Diante dessas mudanças, muitos vereadores estão recorrendo a cálculos matemáticos na tentativa de encontrar o partido que lhes garantirá melhores chances de reeleição.

Entre as movimentações partidárias, destacam-se as saídas de Antônio Empeke Júnior, conhecido como Tonhão, e Marcus Bazé, ambos do MDB, que se filiarão ao PSDB. Enquanto isso, Adriano Cesar Rodrigues, o Sargento Rodrigues, que cogitou ingressar no PSDB, deve optar pelo PP. O MDB, por sua vez, pode ganhar o vereador Davis Martinelli, do DEM.

Outras mudanças incluem Breno Cesar e Charlene Boltoleto, do PDT, que devem se filiar ao PSB, juntamente com Issam Fares, do Podemos, e Britão do Povão, do Solidariedade. O médico Paulo Verón também deverá deixar o Solidariedade para se filiar ao PL, visando uma possível candidatura à prefeitura, embora o partido já tenha uma pré-candidata, Mariana Amaral.

Além disso, alguns vereadores, como André Bittencourt, Jorginho do Gás, Silverado e Sirlene dos Santos, permanecerão no PSDB, enquanto Marisa Rocha e Evalda Reis devem continuar no MDB. A vereadora Sayuri Baez também manterá sua filiação ao Republicanos.

É importante ressaltar que as novas regras eleitorais permitem uma maior flexibilização da fidelidade partidária, permitindo que os vereadores troquem de sigla com a anuência do partido, sem prejuízo do mandato. Anteriormente, a perda do mandato só não ocorria em casos de desfiliação por justa causa ou durante a janela partidária, período de 30 dias, seis meses antes das eleições.

Com as mudanças partidárias em curso e as novas regras eleitorais em vigor, a política em Três Lagoas promete ser ainda mais dinâmica e imprevisível neste ano de 2024.

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