Nesta terça-feira (21), o Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul, por intermédio do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO/MPMS), desencadeou a segunda etapa da Operação Expurgo. A ação resultou no cumprimento de um mandado de prisão preventiva e dois mandados de busca e apreensão na cidade de Água Clara.
O foco dessa fase recai sobre Alexsander Cardoso dos Santos, advogado atuante na região, acusado pelo GAECO de transpor os limites da defesa jurídica, assumindo um papel direto na organização criminosa investigada. Segundo comunicado à imprensa do GAECO, o advogado não apenas prestava serviços à organização inicialmente, mas também passou a gerenciar fundos provenientes do tráfico de drogas, chegando ao ponto de concordar em armazenar certa quantidade de cocaína em seu escritório.
A investigação foi conduzida pela Promotoria de Justiça de Água Clara, com suporte do GAECO/MPMS, baseada em informações colhidas durante a Operação Expurgo, deflagrada em outubro de 2022 pela Polícia Civil e pelo Ministério Público. Essa operação teve como objetivo desarticular uma organização criminosa atuante no tráfico de drogas e em outros crimes associados, tanto dentro quanto fora dos presídios da região. Na ocasião, foram executados 26 mandados de prisão preventiva e 25 de busca e apreensão.
A Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso do Sul (OAB-MS) emitiu um comunicado informando que está acompanhando o caso de perto e que tomará as medidas necessárias, inclusive de natureza disciplinar, assegurando o direito à ampla defesa e ao contraditório.